terça-feira, 24 de abril de 2012



Editorial



Ser verde ou não ser, eis a questão.


O Brasil, a muito tem sido considerado o celeiro do mundo, seja ele no âmbito da produção de alimentos, seja ele por suas florestas densas e intocadas pelo homem, que demonstram a força da natureza em resistir ante ao desatino desenvolvimentista, protagonizado pelo governo e idolatrado pela iniciativa privada, em certos segmentos é até considerado uma semireligião , onde o que habilita o homem a fazer parte de tal organização é a sua dita capacidade de “ transformação “ dos recursos que são  colocados a sua disposição em algo considerado plausível, concreto, e não algo tangível ou abstrato “, essa veia vem se perpetuando por séculos e séculos, mas mais recentemente durante a década de sessenta tentou –se organizar essa baderna generalizada, com a consolidação das leis que regulam a utilização do solo e seus recursos.

O Código florestal é um conjunto de regras fundamentais para a sobrevivência do país, que dele depende para continuar a fazer jus ao sobrenome famoso que tem no mundo, um país sem regulamentação florestal é incapaz de preservar aquilo que deve ser mantido, aquilo que deve ser perenizado para as gerações futuras, e falando economicamente ( que é hoje a linguagem universal ), aquilo que será o diferencial e possibilitará o desenvolvimento sustentável do país, por um lado modifica as áreas de até cem metros para as áreas recuperadas para fins de APP’s ( Áreas de Preservação Permanente ), e ainda deixa para um futuro próximo a regulamentação das mesmas, o que na prática seria um passar de mão na cabeça daqueles que desmatam.

A Não observação de pontos simples e ao mesmo tempo cruciais , na preservação do meio ambiente, e a não importância dada a pauta faz com que seja feita uma reformulação pior do que já existe, a regulamentação deve ocorrer já, sem mais espera ou alterações, só para observarmos melhor a porcentagem de oitenta por cento de preservação obrigatória pode cair para cinquenta por cento em áreas da Amazônia legal,  é uma matéria de suma importância para ser tratada como está sendo, se arrastando por anos nos corredores do congresso, sendo definida por conchavos políticos, sendo suplantada até mesmo pela votação dos royalties que tem “ caráter de urgência “, não se levando em conta que mais vale o que se come, do que o que se coloca no tanque do carro.  

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