Crônica
O Que falta, faz falta.
Desde
pequeno me acostumei com uma iguaria que encontrava facilmente pela rua, mas
assim como o que é bom dura pouco, as pessoas crescem, a cidade muda, o clima
modifica-se, e novas pessoas fazem parte de nossa vida, certo dia em um momento
de relembrar as coisas de antigamente, pensei no homem que passava a tardinha
lá por casa, com um triângulo tocando uma música cadenciada e contínua, dando a
deixa para um movimento automático;
-
Mãe, a senhora pode me dar um
dinheiro que o homem está chegando;
-
Que homem, menino !, o homem
do “chegadinho”.
-
Eu já estou ouvindo a música,
é só um cruzeiro, mãe !
Como
quem já sabia o desfecho balançava a cabeça e me dava o que eu pedia, e então corria para
a porta a fim de conseguir chegar a tempo antes de ele passar direto. Lembrei me dessa época certo dia
enquanto visitava amigos até que
ao longe ouvi um som familiar, e é interessante como com o passar dos anos não deixo de ter a
mesma reação de criança, atrás daquilo
que me faz recordar uma das coisas que a infância tinha de bom, pois o que falta, faz falta.
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